Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de São Jorge (Aljubarrota)
Designação
DesignaçãoCapela de São Jorge (Aljubarrota)
Outras Designações / PesquisasCapela de São Jorge (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Porto de Mós/Calvaria de Cima
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
40-9
DistritoLeiria
ConcelhoPorto de Mós
FreguesiaCalvaria de Cima
Proteção
Situação Actual
Categoria de Protecção
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (então no concelho de Alcobaça) (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 708/77, DR, I Série, n.º 266, de 17-11-1977 (com ZNA) (ver Portaria)
Portaria de 21-04-1961, publicada no DG n.º 111, de 10-05-1961
Portaria de 1-07-1954, publicada no DG, n.º 170, de 21-07-1954
Zona "non aedificandi"Portaria n.º 708/77, DR, I Série, n.º 266, de 17-11-1977
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA capela de São Jorge, apesar das suas escassas dimensões e aparente simplicidade, é um dos monumentos mais emblemáticos da célebre batalha que abriu caminho, em Portugal, ao governo da dinastia de Avis e que teve lugar nos campos de Aljubarrota. Quer a sua origem, quer o local exacto onde foi construída, estão intimamente ligados a este episódio e à figura do Condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Com efeito, é a este homem tornado mito, cujo poder chegou a ombrear com o do monarca (estatuto tão claramente demonstrado pela contraposição simbólica do seu Convento do Carmo, em Lisboa, com o paço real e castelo da capital), que se deve a construção da capela. Ela implantou-se no sítio onde, no dia da batalha, a 14 de Agosto de 1385, D. Nuno havia depositado o seu estandarte, conforme indica a lápide comemorativa da edificação do templo. O local escolhido não foi um acaso, pois nas manobras de posicionamento dos exércitos, a hoste comandada pelo Condestável havia encontrado esta "pequena elevação com visibilidade técnica sobre o campo de batalha" (PAÇO, 1965, p.8).
A data de arranque das obras é conhecida através daquela lápide. Por ela ficamos a saber que a construção se iniciou em 1393, sete anos após a batalha, sem que existam outras explicações para este distanciamento temporal. Por outro lado, na sua origem, a capela não foi dedicada a São Jorge, mas sim à Virgem (como D. João I havia feito em relação ao Mosteiro da Batalha, sintomaticamente dedicado a Santa Maria da Vitória). Daqui se depreende que o templo resulta de um voto do Condestável à protecção de Nossa Senhora, e mais estranho se torna explicar o porquê de terem decorrido sete anos entre a batalha e o arranque efectivo das obras.
A capela que hoje conhecemos não reflecte as dominantes estéticas da sua primeira forma, com certeza edificada de acordo com o Tardo-Gótico que então despontava no nosso país. Durante o século XV e, presumivelmente, nas primeiras décadas do século XVI, o monumento foi intervencionado, daí resultando uma obra relativamente ambígua nas suas opções estilísticas.
Estamos convencidos que, planimetricamente, o templo conserva o essencial da sua primitiva traça, com nave única rectangular e capela-mor quadrangular. Já o mesmo não podemos dizer a respeito dos vários elementos que o constituem. O arco triunfal (que não apresenta qualquer base saliente) é de volta perfeita e ostenta o brasão português. Na abóbada de cruzaria de ogivas que cobre a capela-mor, o bocete é decorado com o Pelicano, símbolo de D. João II. Exteriormente, a ábside contrafortada nos ângulos é encimada por uma linha contínua de merlões chanfrados, solução cenograficamente militar - tão "adequada à memória fundacional da ermida" (SILVA, 2003, p.2) - que é mais frequente encontrar no ciclo manuelino que, propriamente, no tardo-gótico inicial.
Na parede fundeira da capela-mor existem, ainda, os vestígios do retábulo original, nomeadamente o baldaquino flamejante de um nicho, onde, originalmente, estava colocada a imagem da Virgem com o Menino, ao que parece uma peça contemporânea da construção promovida pelo Condestável (SEQUEIRA, 1955).
Ao longo dos séculos, outras reformas tiveram lugar. Em 1872, uma gravura revela a fachada principal algo classicizante, com porta de verga recta encimada por óculo (como a que ainda vemos), e uma sugestão volumétrica tripartida, com adossamento de dois corpos às fachadas laterais da nave. Em 1928, Ernesto Korrodi construiu um alpendre rectangular adossado à fachada principal, posteriormente suprimido pela DGEMN, numa altura em que estava já em muito mau estado, "pois tornou-se logo asilo de indesejáveis que tudo destruíram" (PAÇO, 1965, p.16). As grandes obras de restauro, que eliminaram os múltiplos acrescentos verificados ao longo dos tempos, iniciaram-se em 1940. Nos trabalhos então efectuados, descobriu-se a porta lateral Norte, em arco quebrado, que se presume ser dos poucos elementos originais do conjunto.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra ClassificaçãoCampo Militar de Aljubarrota - núcleo 1, correspondente à 1.ª posição do exército português; núcleo 2, correspondente à 2.ª posição de defesa do exército português

Nº de Imagens10
Nº de Bibliografias6

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