Sítio Arqueológico de Frielas | |||||
Designação | |||||
Designação | Sítio Arqueológico de Frielas | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Estação Arqueológica de Frielas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Villa | ||||
Tipologia | Villa | ||||
Categoria | Arqueologia | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Loures/Santo António dos Cavaleiros e Frielas | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||
Concelho | Loures | ||||
Freguesia | Santo António dos Cavaleiros e Frielas | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | |||||
Categoria de Protecção | |||||
Cronologia | Portaria n.º 740-BD/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (toda a área classificada é considerada ZNA) (ver Portaria) Relatório final do procedimento elaborado em 24-10-2012 Anúncio n.º 13397/2012, DR, 2.ª série, n.º 175, de 10-09-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 29-02-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 26-01-2012 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como SIP Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Edital de 11-05-2005 da CM de Loures Despacho de abertura de 12-10-2004 da vice-presidente do IPPAR Nova proposta de abertura de 9-09-2003 da DR de Lisboa Parecer favorável de 8-01-2003 do IPA Proposta de 27-09-2002 da DR de Lisboa para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional Nova proposta de 21-03-2002 da CM de Loures Proposta de classificação de 27-10-1999 da CM de Loures | ||||
ZEP | Portaria n.º 740-BD/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (com obrigatoriedade de escavação arqueológica prévia em toda a ZEP, com exceção do cemitério) (ver Portaria) Relatório final do procedimento elaborado em 24-10-2012 Anúncio n.º 13397/2012, DR, 2.ª série, n.º 175, de 10-09-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 29-02-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 26-01-2012 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 181502 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | Implantada junto à ribeira da Póvoa, muito próxima de uma via romana que se dirigia para Norte pelo interior do território, evitando assim as cheias da foz do rio Trancão, junto a Sacavém (MANTAS, 1999, p.20), a uilla romana de Frielas é um dos mais importantes sítios arqueológicos do actual concelho de Loures e, com certeza, um dos que melhores dados tem revelado sobre a organização dos homens nesta parcela do território, entre o Império romano e a Baixa Idade Média. A origem do povoamento remonta à época romana e está relacionada com a fertilidade agrícola do sítio, praticamente na confluência de três cursos de água que alimentam o rio Trancão e no seio da extensa várzea de Loures. Ele tem vindo a ser desvendado, de forma sistemática, desde 1997, altura em que se iniciaram as investigações arqueológicas. Apesar de os trabalhos decorrerem a bom ritmo, estamos ainda muito mal informados a respeito da primitiva organização romana. Os fragmentos de terra sigillata, por exemplo, foram identificados em contextos muito revolvidos (SILVA, 1999, p.43) e a área escavada não permite ainda uma rigorosa leitura das estruturas. Do numeroso espólio identificado, salienta-se o fragmento de mosaico romano, resgatado em 1997 junto à capela de Santa Catarina. Ele encontrava-se in situ e, de acordo com o estudo de Maria Teresa CAETANO, 1999, pp.107-108, poderá datar do século III, constituindo, desta forma, mais um indicador da cronologia tardo-romana da uilla. Quanto ao espaço que deveria servir mantêm-se as dúvidas, sendo de admitir que pudesse tratar-se do pavimento de uma das principais salas do edifício residencial. Nas mais recentes campanhas identificaram-se parcelas do peristilo, imediatamente cortadas por níveis de destruição, e o triclinium, assim como numerosas estruturas de função desconhecida. É de salientar, todavia, a coexistência de muros com diferentes orientações, o que dificulta a leitura do conjunto mas assegura uma maior complexidade ocupacional de todo o local. Os vestígios altimedievais estão longe de confirmar a importância que a uilla teve na Antiguidade Tardia. Ao que tudo indica, e mais pela inexistência de dados que pela verificação material de uma qualquer realidade, a antiga propriedade agrária entrou em decadência, podendo mesmo ter sido fragmentada. Esta hipótese (que, de momento, não passa disso mesmo) pode vir a explicar a formação da aldeia de Frielas num período já tardio da época islâmica ou, mesmo, já no século XII. Certo é que as antigas instalações romanas parecem ter continuado a ser ocupadas, datando da época medieval o remendo com argamassa de alguns mosaicos e a adulteração dos espaços iniciais, formando-se compartimentos mais pequenos e verificando-se a construção de alguns silos (SILVA e BARBOSA, 2003, p.111). De tradição islâmica é a célebre lápide de Frielas, identificada no século XIX a escassos metros do sítio arqueológico. Apesar de fragmentada, ela testemunha-nos a existência de uma importante comunidade islâmica aqui residente nas vésperas da Reconquista cristã ou, mesmo, já posterior aos acontecimentos de 1147. Anterior a essa epígrafe são alguns conjuntos cerâmicos, datados dos séculos IX-X, identificadores de uma população rural aqui estabelecida. Com a conquista, Frielas transformou-se numa propriedade reguenga e, a seu tempo, aqui se construiu um dos mais importantes paços régios medievais. Esse edifício foi destruído pelas tropas castelhanas em 1383 e dele não restam mais que referências a uma importante torre existente nos inícios do século XIV e que, anexa ao paço, controlaria a estrada que servia Lisboa (IDEM, p.113). A residência régia não voltaria a ser reconstruída, apesar dos esforços do Conde da Ribeira Grande no século XVII. Mas já então a ruína havia desfigurado a propriedade, de que apenas a reconstruída capela de Santa Catarina permanece como memória. PAF | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 8 | ||||
Nº de Bibliografias | 15 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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